quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A história das coisas

Você já parou para pensar de onde vêm todas as coisas que você usa? E para aonde elas vão?

Para saber as respostas dessas e de muitas outras perguntas, confira o vídeo abaixo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O primeiro Vestibular

Este post é para aqueles estudantes que já estão prestando vestibular. Saibam como foi a experiência da secretária municipal de educação, Claudia Costin, quando ela teve que enfrentar a prova.

Confiram o artigo que ela escreveu sobre o tema para o jornal Estado de S. Paulo.


Claudia Costin
(Secretária Municipal de Educação)


A escolha do meu curso foi algo marcante e influenciou meu estado de espírito no dia de prestar o vestibular. Era, à época, apaixonada por duas coisas interligadas: a transformação da sociedade (que, na minha visão da época, deveria passar por uma revolução socialista) e a educação. Lia tudo sobre a área e decidira que este seria meu caminho profissional.

Mas, quando eu estava cursando o ensino médio, meu irmão faleceu num desastre de automóvel. Pedro iria ctu-sar Administração e meu pai ambicionava tê-lo como sucessor na empresa familiar. Pediu que me preparasse para seguir os passos do meu irmão.

Confiasa, mas sem querer entristecê-lo, pesquisei e descobri que a Fundação Getulio Vargas tinha um curso de Administração Pública. Ocorreu-me que, ao me formar na área, poderia ajudar na transformação do País, enquanto a revolução não vinha! Informei então meu pai que faria Administração na FGV, sem especificar a área.

Mesmo assim, fui fazer o vestibular com insegurança sobre minha escolha. Talvez por isso, apesar de ter me saído bem no primeiro dia de prova, cheguei em casa certa de que falhara.

Foi um alívio quando percebi que entrara em excelente colocação. O curso superou minhas expectativas. Vivíamos tempos de autoritarismo e muitos professores demitidos da USP foram lecionar na escola.

Tive mestres incríveis, graças aos quais me apaixonei pela gestão de políticas públicas. Tive acesso a bons estágios e acabei trabalhando com amodemi-zação da gestão pública em diversas áreas, sempre combinando atuação profissional com docência em boas universidades.

Foi assim que pude conhecer a reforma sanitária da década de 8o, a desafiadora realidade dos órgãos estatais de uma África recém-descolonizada, mas envolvida em guerras civis, a Administração Fazendá-ria numa situação de enfrenta-mento da hiperinflação, o processo de preparação da Constituição de 1988, a gestão de empresas estatais. Resolvi, neste meio tempo, fazer meu mestrado em Economia na FG V, onde também cursei o doutorado.

Com o passar do tempo, minha visão do processo de transformação social modificou-se e percebi que tinha condições de mudar as coisas com uma atuação, dentro da máquina pública, maior do que antecipara.
No setor público fui diretora do Departamento de Planejamento e Avaliação do então Ministério da Economia, o que me permitiu participar da preparação da Rio-92 (eu me transformei em militante da causa ambiental), secretária-adjunta de Previdência Complementar e chegueiaministradaAdmi-nistração.
Pude participi da formulação da reforma gerencial dos anos 1990. Depois fui convidada para ser gerente do Banco Mundial, em Washington, área de setor público no combate à pobreza, tema que atrai fortemente meu interesse. Ao voltar, atuei por dois anos como secretária da Cultura do Estado de São Paulo.

A vida dá muitas voltas. Vejo-me agora, após trabalhar com diferentes políticas públicas, como secretária da Educação do município do Rio de Janeiro. Assumir a gestão trouxe-me um certo sentido de destino. Finalmente volto ao que queria fazer antes de prestar vestibular - ajudar a mudar a sociedade, atuando com a educação oferecida a crianças e jovens.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Município garimpa atletas nas escolas

A Prefeitura, visando aos Jogos Olímpicos de 2016, irá aplicar metodologias específicas para identificar potenciais atletas olímpicos nas escolas.

Aí, galera do esporte: fique esperta!


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Independente Futebol Clube

Venceu a coerência. O Partido Verde e a Marina Silva não se dobraram ao canto das sereias do PT e PSDB e optaram pela independência. Ao PV e à nossa candidata, como homenagem, uma musiquinha do Ultraje à Rigor.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Foi sem querer querendo

Solidão. Foi o que senti hoje na aula de reforço. Nenhum dos 5 alunos inscritos aparaceu. Também pudera, numa quinta-feira no meio de dois feriadões, não era mesmo de se esperar a presença de ninguém...rsrs...

Este fato me fez até lembrar de um episódio do Chaves (ver vídeo no post abaixo) no qual as crianças matam aula. Elas ficam com tanto remorso que decidem contar a verdade ao professor. É quando descobrem que é sábado e que não tinha aula mesmo. Parece bobo, e é. 

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O inimigo sempre foi outro (sobre Tropa de Elite 2)

“De que lado eu estou?”. Este é o primeiro de muitos questionamentos que “Tropa 2” leva o expectador a fazer. É um filme que não termina no cinema. Ele vai contigo pra casa e no caminho revela uma cidade indefesa como você nunca viu. Ele escancara as mazelas da nossa sociedade, esfrega na cara onde a nossa permissidade e o nosso ‘jeitinho brasileiro’ nos levaram. A lei do mais esperto, com nossos esquemãos, do “todo mundo faz isso”, está ali exposta na sua forma mais extrema, mas tão nociva quanto a que praticamos nos pequenos atos do dia a dia.

O filme reitera o que todos nós já sabíamos, que no Brasil faz-se uma das políticas mais sórdida do mundo. Tratada em gabinetes de portas fechadas, nossos representantes decidem ali o que vai acontecer no beco, na viela. É vil, é baixo demais! Sob uma lógica invertida, não se discute soluções, se manipulam problemas de acordo com os próprios interesses. Sem limites, é o poder pelo Poder. “A milícia defende o cidadão dela mesma”, diz o, agora, coronel Nascimento. É verdade, isso tudo mundo já sabia. O que muita gente passou a entender só agora é que há Alguém que defende a milícia.

Pois é. Depois de todo um trabalho de uma CPI, de diversas matérias de jornais, denúncias, vídeos na Internet, foi preciso produzir uma obra de ficção pra fazer a gente acreditar naquilo tudo. Muito se falou que o “Tropa 2” desconstrói o primeiro filme. Mas isso não é verdade. Muito pelo contrário. O público continua saindo do cinema com gosto de sangue na boca. Acontece que ele passa a entender que a sua artilharia estava voltada para o lado errado. É preciso tolerância zero, sim. Acontece que nessa guerra, como já avisara o slogan, “o inimigo sempre foi outro”.

Não, o filme não causa indignação. Vai além. Ele te dá empurrão e grita “qual é a tua mermão? Cai dentro!”. Não dá pra ficar alheio. Não dá pra ficar em cima do muro. Depois do “Tropa”, com diria um amigo meu, não há mais tom de cinza. “O certo é o certo, não o errado ou o duvidoso”, como diria os antes famigerados e, agora, ‘esculachados’ vagabundos de uma facção criminosa do Rio.

Esculachados, sim. Durante anos nos fizeram acreditar que o problema da segurança pública no Rio de Janeiro era culpa de grandes empresários. Por trás do mercado varejo de entorpecentes nas favelas estariam megatraficantes atacadistas internacionais, manipulando tudo. O que eles nunca deixaram tão claro quanto agora é que esses caras não fariam nada sem a cumplicidade de seus principais sócios: os empresários do voto. A diferença é que esses moram aqui mesmo, e se der mole já votamos neles. A saga Tropa de Elite (se é que se pode chamar de saga um filme com uma apenas uma seqüência) transforma os traficantes em meros peões de um tabuleiro de xadrez onde todas as peças e casas são pretas.

É verdade. Realmente o “Tropa 2” causa uma sensação de desconforto quando saímos do cinema. Não é por surpresa, porque o filme, como já disse, não traz qualquer fato novo. Ele apenas replica o que já foi notícia, só que na voz do Wagner Moura num megafone, com a música do Tihuana ao fundo. O que, de fato, nos angustia é que saímos sem identificarmos ao certo de quem é a culpa. “É dos traficantes? Não, são “buchas”. Da polícia? Ta esquentando. Dos políticos? Ta pegando fogo. É...minha? Achou!”. A culpa é nossa, cidadãos de bem com instrução, que fazemos cara de nojinho quando se fala em política, para em seguida assistirmos o DVD do “Tropa 1” piratão da Uruguaiana. Preocupados demais com o próprio umbigo para assumirmos a responsabilidade e começarmos a fazer política com “P” maiúsculo. Como já diria o nosso querido amigo, o personagem PM Rocha: “Cada cachorro que lamba a sua c*****”. Aliás, é ele o autor do já consagrado “quem quer rir, tem que fazer rir”, do primeiro filme. Frases de uma cartilha que dizemos “desprezível”, mas que seguimos a todo momento.

É esta a razão da nossa angústia. Se no “Tropa 1”, nós somos aquele playboy do primeiro filme que “financia está merda”, no “Tropa 2”, nós somos o filho do Nascimento na cena final: estamos inertes, em coma; feridos e indefesos. Mas, ao término do filme, abrimos os olhos.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

É melhor incentivar que controlar

A decisão da Prefeitura de criar um sistema de controle de frequência dos alunos através do Rio Card é válida, mas não acho que seja a melhor opção.




De acordo com pesquisa da FGV, o desinteresse é a maior causa da evasão escolar. O estudo mostra que quase 18% dos alunos entre 15 e 17 anos estão fora das salas de aula e 40% deles disseram que largaram os estudos por falta de interesse.

Em vez de criar artifícios para que as aulas sejam mais interessantes aos alunos, a Prefeitura agora decide punir os estudantes retirando a gratuidade da passagem.

Acredito que os alunos renderiam melhor se fossem mais estimulados, em vez de mais controlados.